Bitcoin supera US$ 105 mil com renovado otimismo no mercado
O preço do Bitcoin (BTC) na manhã desta quarta-feira, 2 de julho de 2025, está em R$ 589.369,32. O valor subiu mais de 1%, mostrando que os investidores estão otimizando a pressão de venda e prontos para segurar os suportes, o que pode impulsionar o preço do Bitcoin acima dos US$ 110 mil novamente.
Análise Macroeconômica do Bitcoin
Apesar da leve queda recente nos preços, grandes investidores continuam a acumular Bitcoin. O analista Valentin Fournier, da BRN, acredita que isso mostra um panorama positivo, mesmo com uma pausa no interesse institucional. Ele explica que as "baleias" estão absorvendo a liquidez disponível, aumentando sua participação. Isso cria uma redistribuição saudável de ativos, já que os investidores a longo prazo estão aproveitando para realizar lucros.
Ainda que os fundos de índice (ETFs) de Bitcoin tenham registrado saídas de US$ 342 milhões após 15 dias de entradas consecutivas, Fournier não vê isso como uma reversão de tendência. Ele afirma que é apenas uma pausa, pois a adoção institucional permanece forte e qualquer nova queda deve ser rapidamente absorvida.
Essa atmosfera contrasta com a Ethereum, que registrou uma entrada líquida de US$ 40 milhões em seus ETFs, indicando um potencial retorno para a segunda maior criptomoeda. Contudo, os preços ainda estão caindo: o Bitcoin viu um recuo de 0,1%, cotando-se a US$ 106.923, enquanto a Ethereum caiu 0,84%, com valor de US$ 2.445. A Solana liderou as perdas entre as altcoins, registrando uma queda de 1,3%, negociando a US$ 149.
Fournier vê com bons olhos a fase atual de consolidação do Bitcoin, que permanece entre US$ 105 mil e US$ 110 mil. Ele acredita que essa estabilidade pode ser um indicativo positivo, especialmente se surgirem novas novidades regulatórias ou novos investidores institucionais.
Para ajustar a carteira, o analista sugere a seguinte distribuição:
- 20% em caixa para aproveitar oportunidades durante a consolidação.
- 72% em Bitcoin, que está bem posicionado neste ciclo.
- 6% em Ethereum, com redução parcial devido ao crescimento mais lento.
- 2% em Solana, mantida como posição residual por conta de sua vulnerabilidade.
Ele conclui que o foco continua no Bitcoin, que costuma liderar os ciclos de alta em fases de redistribuição.
Análise Técnica do Bitcoin
A analista técnica Ana de Mattos, da Ripio, aponta que a tendência atual é de consolidação entre US$ 105 mil e US$ 110 mil. Os fluxos institucionais ainda são positivos, mas o mercado precisa de novos estímulos para acelerar de novo.
O contexto econômico global, com sinais de flexibilização monetária em economias centrais, pode fazer com que mais investimentos sejam direcionados para ativos de maior risco, beneficiando o Bitcoin. Para ela, a observação do próximo FOMC e da evolução dos ETFs será fundamental. Isso porque, ao diminuir o custo de oportunidade de investimentos mais seguros como títulos públicos, os investidores tendem a buscar alternativas com mais potencial de retorno, como o Bitcoin.
Ela delineou três cenários possíveis:
- Cenário otimista: Caso o preço rompa acima de US$ 112 mil, pode alcançá-los entre US$ 118 mil e US$ 120 mil.
- Cenário neutro: Manutenção do preço entre US$ 102 mil e US$ 110 mil, enquanto o mercado acumula forças.
- Cenário pessimista: Uma correção para US$ 97 mil a US$ 94 mil, principalmente se surgirem tensões geopolíticas. Tal cenário poderia levar a uma movimentação em massa para ativos mais seguros. No entanto, crises assim também podem reforçar a imagem do Bitcoin como uma reserva de valor alternativa.
Momento de Transição com Viés de Alta
A análise da Bitfinex indica que o mercado está passando por uma fase de consolidação, mas com um leve viés de alta. A empresa notou uma transição de uma fase de impulso para um momento de lateralização, refletida na diminuição da atividade on-chain e dos derivativos. Recentemente, o Bitcoin atingiu uma mínima de US$ 99.830, o que resultou em liquidações expressivas, tanto de posições compradas quanto vendidas. Essa movimentação, conhecida como "flush", ajudou a limpar a alavancagem excessiva no mercado.
Apesar da correção, a estrutura de mercado permanece saudável, com suportes importantes entre US$ 94 mil e US$ 99 mil. O período atual de consolidação sugere a expectativa por um novo fator que possa catalisar uma alta, como um alívio na situação econômica ou a retomada de fluxos de entrada em ETFs.
O apresentador do podcast Giro Bitcoin, Paulo Aragão, acredita que se o BTC romper e fechar acima de US$ 108.355, isso pode impulsionar um novo rali, em direção ao pico histórico de US$ 111.980 registrado em maio.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, disponível e trocada eletronicamente. Ele funciona em uma rede descentralizada, onde ninguém tem controle absoluto sobre suas transações. Um dos pontos fortes do Bitcoin é que ele não pode ser impresso e possui um estoque limitado de apenas 21 milhões de unidades.
Lançado em 2009 por um programador ou grupo anônimo sob o nome de Satoshi Nakamoto, o Bitcoin despertou interesse e especulações sobre a identidade do seu criador, embora ninguém tenha confirmado ser Nakamoto.
Uma das principais vantagens do Bitcoin é a sua independência, já que não está sujeito a interferências de governos ou bancos. Cada transação é armazenada de forma transparente em um livro-razão público chamado Blockchain. Isso garante que erros ou tentativas de fraude podem ser rapidamente identificados e corrigidos.
O processo de verificação das transações pode levar alguns minutos, pois cada bloco é minerado em aproximadamente dez minutos. Por fim, a assinatura de cada transação é protegida por meio de chaves digitais que correspondem aos endereços de envio.
Assim, o Bitcoin se estabelece como uma opção viável para quem busca autonomia nas finanças.